Quais os tipos de Cirurgias Íntimas?
- Dr. Edson Missau Jr.
- 15 de abr. de 2019
- 3 min de leitura

Pele escurecida, tamanho dos grandes e dos pequenos lábios, do clitóris e do monte de vênus. São muitos os motivos que levam mulheres aos consultórios de cirurgiões plásticos e dermatologistas para melhorar a aparência da vulva, região que compreende toda a genitália feminina, incluindo a vagina (embora a grande maioria da população se refira a todo esse conjunto como a vagina, vale reforçar que ela é o canal interno do órgão sexual feminino e parte do aparelho reprodutor).
Segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps, na sigla em inglês), o Brasil é recordista mundial em cirurgias íntimas femininas -só em 2015, a labioplastia foi feita por 12.870 mulheres no país.
A maioria das pacientes que busca por esses procedimentos o fazem por se sentirem constrangidas de alguma forma, seja na hora de colocar alguma roupa específica [biquíni ou calça apertada] ou no momento da relação sexual.
A paciente opera por ela mesmo, e não para agradar o marido ou namorado. Na verdade, os homens não ligam muito para essas coisas, mas as mulheres querem se sentir melhor. A cirurgia é íntima não só pelo lugar em que ela é feita, mas também por parte da paciente, que, muitas vezes, não conta para ninguém que fará o procedimento.
Tratamentos que podem ser realizados:
Preenchimento com ácido hialurônico ou gordura
Esse tipo de procedimento tem sido feito com frequência por conta da atrofia vulvar que acontece com as mulheres quando elas passam dos 35 anos. Durante o processo de envelhecimento, há uma queda nos níveis hormonais e a vulva vai perdendo o volume e elasticidade, explica. Para aumentar o volume, tanto dos grandes quanto dos pequenos lábios, o preenchimento pode ser feito de duas maneiras: com ácido hialurônico ou com gordura. Enquanto o primeiro age de forma temporária para melhorar o aspecto estético da região, o segundo é definitivo e feito com a própria gordura do corpo, diminuindo riscos de rejeição. A desvantagem da gordura é que é preciso retirar material de algum outro local [abdome, costas, bumbum, etc.] para a aplicação, e sua absorção é variável. Já o ácido tem menor tempo de duração [de seis a oito meses] e todo o volume de aplicação que é colocado no local é absorvido. Os dois procedimentos são ambulatoriais e a paciente vai para casa no mesmo dia.
Labioplastia ou ninfoplastia
Conhecida como correção da hipertrofia dos pequenos lábios, a labioplastia é o tipo de cirurgia íntima mais realizada no Brasil. Esse aumento dos pequenos lábios faz com que as pregas de pele, que deveriam ficar na parte interna da vulva, fiquem expostas. Isso dá o aspecto de pele sobrando e flacidez, o que constrange muitas mulheres, principalmente na hora da relação sexual ou quanto colocam uma roupa mais justa. O procedimento cirúrgico é simples e feito com anestesia local e sedação.
Lipoaspiração do monte de vênus
Consiste na redução da região que fica acima do púbis, onde ficam os pelos. Essa é aquela gordurinha que se acumula e acaba marcado na calça, constrangendo muitas mulheres. Na maioria dos casos, é retirada com uma lipoaspiração. O procedimento também é de baixo risco e, para ser realizado, a paciente é sedada e recebe anestesia local.
Clitoroplastia
Essa cirurgia é muito procurada pelas mulheres que têm uma hipertrofia do clitóris. Isso é frequente entre as que tomam hormônios masculinos para fins estéticos. O resultado é que, muitas vezes, o clitóris aumenta de tamanho. Essa cirurgia é feita para diminuir o órgão, e, de todas as íntimas, é a mais complexa, pois há risco de perda de sensibilidade.
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Fonte: SBCP / http://estilo.uol.com.br/
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Dr. Edson Missau Jr. | Cirurgião Plástico
Atendimento em Porto Alegre, Santa Maria e São Marcos (RS).
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